Instituto Cultural Casa da Flor em São Pedro da Aldeia será tombado pelo IPHAN
segunda-feira, 13 de setembro de 2010 às 11:30Por Anneliese Lobo
Na última quarta-feira, dia 08, o Instituto Cultural Casa da Flor recebeu diversos visitantes: representantes do IPHAN, o presidente Geraldo Ferreira e a diretora executiva do Instituto Casa da Flor e pesquisadora, Amélia Zaluar, a Secretária de Cultura de São Pedro da Aldeia, Dulce Ramos, e a secretária de Obras da cidade, Liane Martins. O motivo da visita foi fazer uma breve avaliação no local para restauração e, até mesmo, uma possível ampliação. Toda essa preocupação com o patrimônio tem ainda uma razão especial. É que, em breve, o Instituto será tombado pelo IPHAN – Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – o maior organismo federal de proteção ao patrimônio no Brasil.
A visita foi acompanhada pela imprensa local que registrou todos os detalhes da avaliação. A Casa da Flor foi construída em 1912 pelo aldeense Gabriel Joaquim dos Santos, que em 1923 começou a enfeitar toda a casa com mosaicos. Para realizar o trabalho, Gabriel utilizou vários materiais recolhidos por onde passava – tudo que era considerado lixo: cacos de cerâmica, louça e ladrilhos que sobravam de outras construções. Uma verdadeira obra prima da arquitetura espontânea.
O Instituto Cultural Casa da Flor já é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural, o INEPAC. De acordo com o representante do IPHAN, Matheus Guerra, agora com esse novo tombamento será possível receber todo o apoio logístico e administrativo para manutenção do espaço. Ainda de acordo com ele, não é possível determinar o tempo exato que o processo levará, mas o tombamento da casa é muito importante para o IPHAN. “Há uma lacuna no país de patrimônios populares. Existe um elevado número de patrimônios chamados consagrados – que são, na maioria, igrejas. O patrimônio popular, como é o caso da Casa da Flor, vem da sabedoria popular e mostra a diversidade cultural do nosso país, por isso, é tão importante para o IPHAN ter a Casa da Flor preservada”, complementa o arquiteto.
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