segunda-feira, 19 de julho de 2010

Cultura Popular em pauta em Casimiro de Abreu


Preparativos para o 2º. Encontro de Folclore agitam a pequena cidade no estado do Rio.

Pense em uma fotografia. Agora, repare nos detalhes, coloridos. São muitos, mas cada um deles de suma importância para compor o todo... Assim são as manifestações culturais brasileiras, coloridas e fundamentais, representam a identidade social de uma comunidade, sua religiosidade e valores. Enfim, é o retrato do povo.

Dentre essas manifestações, talvez a mais conhecida delas seja a Folia de Reis. Trazida para o Brasil junto à Corte Portuguesa, ainda hoje mantém-se viva em muitas regiões do país. Representa a religiosidade dos colonizadores portugueses que, desde os primeios dias de dezembro até 6 de janeiro – dia consagrado aos Reis Magos – festejam o nascimento de Cristo, visitando as casas tocando músicas alegres em louvor ao nascimento do Salvador. A peregrinação reproduz a viagem dos Reis Magos a Belém em busca do Deus-Menino.

O Boi Pintadinho, outra manifestação muito conhecida da população, é um festejo popular, em forma de teatro onde os principais atores, o Boi, a Mulinha e o Espadeiro - também chamado de Toureiro ou Fazendeiro - seguem a brincadeira animados por uma bateria de instrumentos de percussão. A manifestação se baseia nos movimentos bruscos do Boi, que se atira veloz contra o Espadeiro, que por sua vez conduz o Boi. Com o papel de anunciar a chegada do Boi, a Mulinha, em sua apresentação, dança para os convidados alternando movimentos soltos, piruetas e sacudidas. Segundo Mestre Renato Pacheco, estudioso do folclore brasileiro, o Boi Pintadinho - uma brincadeira de carnaval em forma de cortejo – tem como origem a atividade econômica de algumas regiões. A pecuária, desenvolvida desde os primeiros dias da colonização do Brasil.
Outra manifestação, também muito conhecida, é o Maculelê. Constituido de um tipo de dança, acredita-se ter evoluído do Cucumbi - herança de de escravos africanos - até tornar-se um misto de dança luta e jogo de bastões. O nome dado à manifestação, conta a lenda, era de um negro fugido que apresentava uma doença de pele. Acolhido e cuidado por uma tribo indígena, este salvou-a do ataaque de uma tribo rival. Como não podia fazer todas as atividades, Maculelê lutou, com o auxílio de bastões, contra os guerreiros inimigos para proteger o local. Vencendo a disputa, Maculelê passou a ser considerado herói. E teve os movimentos de seus golpes repetidos em festejos de comemoração à vitória.

A lista de manifestações é grande, mas, além dessas, a Ciranda de Tarituba, Jongo, Teatro de Cordel, Mana Chica, Bailado Italiano, Mazurca de Pau, Capoeira e Maculelê e Folia do Divino, todas manifestações que retratam o povo brasileiro, representadas pelos 18 grupos, de 13 cidades vizinhas que participaram, em agosto de 2009, do 1º. Encontro de Folclore, em Casimiro de Abreu.
O evento, de acordo com a presidente da Fundação Cultural Casimiro de Abreu, Cláudia Rejane, tem o objetivo de resgatar e, principalmente, dar visibilidade às tradições culturais, além de promover a troca de experiências entre os vários grupos de dentro e fora da cidade.
Para este ano, o esperado é que, além destes grupos, outros possam se inscrever e participar da segunda edição do evento, que acontecerá na Praça Feliciano Sodré, durante todo o dia 21 de agosto, com o início previsto para às 9 horas da manhã.

Mais informações podem ser obtidas no portal www.culturacasimiro.rj.gov.br ou ainda pelo telefone (22) 2778-1212.

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